Sobre fazer nada

O ritmo de vida que nos tem sido imposto provoca uma grande desconexão da gente com a nossa própria natureza, e a gente inclusive acha que a “natureza” (árvores, águas, florestas, outros animais) é uma coisa separada de nós. A gente passa a se comportar como se fossemos máquinas, e passa a sofrer de males gerados pelo estresse crônico. Não sabemos mais descansar, esquecemos a importância de “fazer nada” para repor as energias exauridas nesse ritmo maluco da “vida moderna”, esquecemos o quanto é importante parar e simplesmente contemplar a vida (a vida de verdade!) para conseguir (re)equilibrar todos os nossos sistemas, nosso corpo, nossa mente, nossas emoções. E isso é fundamental para manter uma boa saúde.

A tradição do Ashtanga recomenda o descanso da prática de asanas nos dias de pico de lua (cheia e nova). Muita vezes a gente questiona essas tradições e não entende direito o sentido delas, mas, vem cá… precisa entender? Nesse caso, basta aproveitar pra fazer uma pausa, olhar pra dentro e se permitir o sagrado direito ao descanso. Sobe no tapete (ou não) e relaxa. É uma ótima oportunidade pra gente se observar e fazer descobertas (pequenas, grandes ou médias) sobre a gente mesmo, sobre como estamos vivendo e nos comportando nessa jornada doida na Terra. Sem certo ou errado, apenas para, respira, solta (d)as amarras e percebe como você é parte desse todo que é a Vida.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *